Uma aula diferente: a guerra colonial foi à escola!
Trazer a comunidade educativa à sala de aula foi o objetivo perseguido – e conseguido – com o testemunho, na primeira pessoa, de dois familiares de alunos que serviram Portugal na guerra colonial. Um na Guiné, numa única comissão – o serviço militar obrigatório assim o determinava, – e outro em três comissões, em Angola e Cabinda mas também em Moçambique, porque numa situação profissional.
Da Guiné, o sr. José Silva, avô dum aluno do 9.º E, a 4 de maio, deu conhecimento de facto do percurso até lá chegar: primeiro na metrópole – Aveiro onde assentou praça e teve lugar o juramento de bandeira, depois Leiria, Santa Margarida, Lisboa, já mobilizado, e no Índia até Bissau, logo em 1963, o ano que iniciou as hostilidades militares. Depois Santa Luzia, Biombo… as novas armas, as munições e as armas pesadas, os tiros e a diversão: “devo ter atirado mais às aves que a um inimigo que muito raramente vi”.